Segurança e higiene no trabalho, parte I
Querida Côdea:
Eu trabalho numa empresa. Multinacional, por acaso.
Na minha empresa trabalham + de 150 pessoas (ou será "estão empregadas + de 150 pessoas"?). Oh, well...
O giro é que dessas (suponhamos, para ficar + fácil, que são exactamente 150) 150, umas 145 são engenheiros (informáticos, de telecomunicações, whatever), o restante são seguranças e uma professora (acho que a secretária é professora, pelo menos ouvi dizer).
Arriscaria dizer que 120 são machos e 30 são fêmeas. Sem qualquer pretensiosismo da minha parte, é a perspectiva biológica que aqui interessa.
Na prática, são 146 pessoas com formação superior. Aqui a coisa toma contornos de maravilha. É muita maravilha junta.
Talvez por isso é que estranhei a situação que se passsou há 1 mesito. Como os processos ainda não estão muito optimizados, as senhoras da limpeza (que não entraram para a estatística inicial, visto só lá irem ao fim do dia e serem subcontratadas, não que isso as desmereça, mas enfim) não andavam (ainda não andam) a distribuir muito regrada e atempadamente o material consumível de casa-de-banho, nomeadamente toalhas de papel para as mãos e papel higiénico.
"'Tá bem, isso pode acontecer."
Certo. Mas também pode acontecer que uma alminha + desprevenida, na sua necessidade de se sentar e pensar na vida (era um homem, para o efeito de sentar), terá visto que não tinha, como conviria, o suave papel higiénico à mão. Num gesto de duplo sofrimento, ter-se-á deslocado até fora do cubículo da sanita e terá recolhido algumas toalhas de papel de limpar as mãos. Bem, vou assumir que a alminha era prevenida e que até pegou nessas toalhas antes de se sentar. A imagem deste jovem, ainda de calças na mão, poder cruzar-se com um qualquer transeunte que fosse lavar os dentes, é assustadora. Adiante.
Conta o mito que, na segunda parte do duplo sofrimento, este herói flagelou o seu ânus com as ditas toalhas de papel (bem riginhas, por sinal), conseguindo, com o louvado gesto, limpar-se minimamente. Ainda bem! Puxou o autoclismo, foi embora, e continuou na sua actividade produtiva.
Azar dos azares, as tais toalhas com propriedades de limpeza, entupiram a sanita. Chatice! É que era a única sanita masculina daquele piso. 40 homens dependiam agora de outras louças.
Tudo corria bem, até 1 dia. 1 colaborador, que ainda está por se encontrar (sabe-se lá porquê), terá tido 1 almoço + indigesto. Ou laxativo, em todo o caso. Porque, segundo conta a lenda, essa pobre criatura violou todas as regras, nomeadamente aquela estipulada por uma folha A4 afixada na sanita que dizia "Entupida. Não usar." e violou-a com gosto.
De acordo com os relatos, a sanita ficou mais entupida. Mas já estava entupida! A diferença era agora a cobertura que pairava. Nem quero saber se a água terá transbordado aquando do gesto de puxar o autoclismo...
Isto já era mau, mas ainda piora.
Sanita entupida havia 15 dias, o pessoal de limpeza não queria desentupir. Talvez fosse preciso chamar a Protecção Civil, não sei. Pior foi o energúmeno que piorou a situação. E pior foi, novamente, o pessoal não querer limpar. Disseram mesmo isso: recusavam-se a limpar. Bem, se o pessoal de limpeza não limpa, deveríamos chamar o director de Aveiro? O presidente da divisão ibérica? O pobre finlandês que rege os nossos destinos? Não sei e, pelos vistos, ninguém soube durante os 15 dias seguintes, em que uma nova mensagem, desta feita afixada na porta do cubículo, impedia a passagem. Pois...
O cheiro intensifica-se e o uso do WC ficou optimizado, pois as pessoas apenas usavam o tempo estritamente necessário, produzindo, portanto, bem mais.
Expliquem-me onde é que está aqui a educação, a boa-educação ou o que quer que seja. Eu sei que não é bem isto que se aprende na escola, mas caramba! Tanta gente de formação supostamente superior e dá esta merda?
(já nem falo na quantidade de papéis que fica ao lado da sanita e nos caixotes do WC quando estão cheios; plásticos nos caixotes da copa, ao pé das máquinas de vending. Há malta muito porca, não há?)
O desfecho do entupimento fica para outro post... Com 1 pco de sorte! :)
Mas durmam descansados porque já foi desentupido! Pelo menos, já não tem lá o papel a impedir a passagem. E como eu não gosto de usar a retrete no trabalho... ;)
Eu trabalho numa empresa. Multinacional, por acaso.
Na minha empresa trabalham + de 150 pessoas (ou será "estão empregadas + de 150 pessoas"?). Oh, well...
O giro é que dessas (suponhamos, para ficar + fácil, que são exactamente 150) 150, umas 145 são engenheiros (informáticos, de telecomunicações, whatever), o restante são seguranças e uma professora (acho que a secretária é professora, pelo menos ouvi dizer).
Arriscaria dizer que 120 são machos e 30 são fêmeas. Sem qualquer pretensiosismo da minha parte, é a perspectiva biológica que aqui interessa.
Na prática, são 146 pessoas com formação superior. Aqui a coisa toma contornos de maravilha. É muita maravilha junta.
Talvez por isso é que estranhei a situação que se passsou há 1 mesito. Como os processos ainda não estão muito optimizados, as senhoras da limpeza (que não entraram para a estatística inicial, visto só lá irem ao fim do dia e serem subcontratadas, não que isso as desmereça, mas enfim) não andavam (ainda não andam) a distribuir muito regrada e atempadamente o material consumível de casa-de-banho, nomeadamente toalhas de papel para as mãos e papel higiénico.
"'Tá bem, isso pode acontecer."
Certo. Mas também pode acontecer que uma alminha + desprevenida, na sua necessidade de se sentar e pensar na vida (era um homem, para o efeito de sentar), terá visto que não tinha, como conviria, o suave papel higiénico à mão. Num gesto de duplo sofrimento, ter-se-á deslocado até fora do cubículo da sanita e terá recolhido algumas toalhas de papel de limpar as mãos. Bem, vou assumir que a alminha era prevenida e que até pegou nessas toalhas antes de se sentar. A imagem deste jovem, ainda de calças na mão, poder cruzar-se com um qualquer transeunte que fosse lavar os dentes, é assustadora. Adiante.
Conta o mito que, na segunda parte do duplo sofrimento, este herói flagelou o seu ânus com as ditas toalhas de papel (bem riginhas, por sinal), conseguindo, com o louvado gesto, limpar-se minimamente. Ainda bem! Puxou o autoclismo, foi embora, e continuou na sua actividade produtiva.
Azar dos azares, as tais toalhas com propriedades de limpeza, entupiram a sanita. Chatice! É que era a única sanita masculina daquele piso. 40 homens dependiam agora de outras louças.
Tudo corria bem, até 1 dia. 1 colaborador, que ainda está por se encontrar (sabe-se lá porquê), terá tido 1 almoço + indigesto. Ou laxativo, em todo o caso. Porque, segundo conta a lenda, essa pobre criatura violou todas as regras, nomeadamente aquela estipulada por uma folha A4 afixada na sanita que dizia "Entupida. Não usar." e violou-a com gosto.
De acordo com os relatos, a sanita ficou mais entupida. Mas já estava entupida! A diferença era agora a cobertura que pairava. Nem quero saber se a água terá transbordado aquando do gesto de puxar o autoclismo...
Isto já era mau, mas ainda piora.
Sanita entupida havia 15 dias, o pessoal de limpeza não queria desentupir. Talvez fosse preciso chamar a Protecção Civil, não sei. Pior foi o energúmeno que piorou a situação. E pior foi, novamente, o pessoal não querer limpar. Disseram mesmo isso: recusavam-se a limpar. Bem, se o pessoal de limpeza não limpa, deveríamos chamar o director de Aveiro? O presidente da divisão ibérica? O pobre finlandês que rege os nossos destinos? Não sei e, pelos vistos, ninguém soube durante os 15 dias seguintes, em que uma nova mensagem, desta feita afixada na porta do cubículo, impedia a passagem. Pois...
O cheiro intensifica-se e o uso do WC ficou optimizado, pois as pessoas apenas usavam o tempo estritamente necessário, produzindo, portanto, bem mais.
Expliquem-me onde é que está aqui a educação, a boa-educação ou o que quer que seja. Eu sei que não é bem isto que se aprende na escola, mas caramba! Tanta gente de formação supostamente superior e dá esta merda?
(já nem falo na quantidade de papéis que fica ao lado da sanita e nos caixotes do WC quando estão cheios; plásticos nos caixotes da copa, ao pé das máquinas de vending. Há malta muito porca, não há?)
O desfecho do entupimento fica para outro post... Com 1 pco de sorte! :)
Mas durmam descansados porque já foi desentupido! Pelo menos, já não tem lá o papel a impedir a passagem. E como eu não gosto de usar a retrete no trabalho... ;)
posted by BM at
9:54 da tarde
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